Encontrei esta reportagem do Estadão, e achei muito interessante publica-la, pois, infelizmente, muitas vezes tentamos fazer a separação seletiva do nosso lixo, mas não conseguimos descarta-lo de forma correta. Oque fazer com as garrafinhas de óleo que não jogamos na pia? Oque fazer com as garrafas pet? A cidade precisa, realmente, de mais investimento, pois todos ganham e o planeta agradece.
Atualizado: 11/5/2012 3:04
Periferia paulistana segue sem coleta
A periferia é desconsiderada pelo programa de coleta seletiva
de lixo de São Paulo. Nas Subprefeituras de Parelheiros e M'Boi Mirim, na zona
sul; Perus, na zona norte; e São Miguel e Ermelino Matarazzo, no lado leste da
cidade, todo o lixo coletado oficialmente vai para aterros - o que significa que
21 dos 96 distritos da capital não têm nenhum atendimento do sistema
municipal.
Entre as 31 subprefeituras, 20 separam menos de 1% do coletado.
E muitas vezes o que impede que se desperdice tudo são catadores informais. Na
lanchonete onde a operadora Dilma dos Santos, de 38 anos, trabalha, em Perus,
por exemplo, os materiais recicláveis são recolhidos por um caminhão informal
que passa periodicamente no bairro. 'Nossa quantidade de lixo passou a ser muito
menor depois que passamos a reciclar. Economizamos até em sacos plásticos.'
Representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais
Recicláveis (MNCR), Roberto Laureano Rocha defende a criação de contratos
localizados para minimizar o problema.
De acordo com ele, a cidade tem 21 centrais de triagem, mas
precisa de pelo menos 70. No entanto, observa que falta diálogo com a
administração municipal. 'Precisamos de vontade política', afirma Rocha.
O urbanista Nabil Bonduki, que coordenava a política de
resíduos sólidos do governo federal até o mês passado, afirma que mudar a atual
situação envolve muitas questões. Além do aumento do espaço de triagem, é
necessário espalhar postos de coleta por toda a cidade.
'Além de melhorar a infraestrutura, é preciso ser feito um
trabalho mais profundo nas escolas, nas entidades da sociedade. Precisa haver um
processo de educação continuada para que isso possa acontecer', afirma Bonduki.
A educação também é importante para aumentar o porcentual de material separado
que poderá ser realmente aproveitado para a reciclagem, segundo ele. Bonduki
cita como exemplo positivo nessa área a cidade de Londrina (PR), que atingiu o
índice de reciclagem de 19% do lixo produzido. /ARTUR RODRIGUES
Adorei, continue assim
ResponderExcluirBjssssssssss